A correta gestão financeira é uma importante aliada do sucesso nos negócios, visto que aprimora as decisões de financiamento e investimento e, também, otimiza a rentabilidade da empresa. Para obter êxito nessa gestão, você precisa de boas métricas financeiras.
Em suma, pense nas métricas financeiras como números que dizem se seus resultados vão bem ou precisam ser corrigidos. A rentabilidade e o retorno sobre patrimônio, por exemplo, são métricas frequentemente levantadas e que subsidiam muitas decisões estratégicas.
Neste artigo, separamos as 16 principais métricas financeiras para acompanhar na sua empresa e garantir a melhoria dos seus resultados. Portanto, continue com a leitura.
1. Receita por categoria
Em geral, empresas contam com muitas categorias de receita — por exemplo, a venda do produto A, B, C ou D, assim como a prestação de alguns serviços. Compreender a origem da sua receita (entrada de caixa) por categoria é, portanto, uma métrica crucial. Ela ajuda a diagnosticar seus principais produtos, melhora a previsibilidade da geração de caixa e permite a criação de cálculos de viabilidade econômica, entre muitas outras coisas.
2. Margem financeira líquida (% de lucratividade)
Receitas quase nunca se transformam totalmente em lucro. Elas são usadas para pagar uma série de custos e despesas, como aluguel do imóvel ou salários. Após o pagamento de todas as contas, há um resultado final chamado de margem líquida. É a sua lucratividade. Ela é o que “sobra” após o pagamento de todas as obrigações. Quanto maior, melhor, pois demonstra um negócio financeiramente sustentável.
3. Retorno sobre patrimônio (ROE)
Nem todo negócio financeiramente viável é economicamente atraente. Para dizer que um negócio é atraente, é preciso conhecer sua métrica de retorno sobre patrimônio líquido (ROE), que indica o retorno obtido sobre o capital social aplicado no negócio. Nesse aspecto, o ROE ajuda a avaliar se o capital financeiro investido na empresa é maior que eventuais custos de oportunidade. Se não, é motivo de preocupação para a gerência.
4. Retorno sobre investimento (ROI)
Nos negócios com fins lucrativos, poucos investimentos são feitos por caridade e sem expectativas de retorno financeiro. Em geral, para cada investimento, deseja-se um retorno que torne a empresa mais próspera e competitiva. Para tanto, a métrica ROI é crucial. O ROI permite calcular o retorno obtido em cada investimento, geralmente na forma de percentual. Assim, é possível saber se os recursos financeiros estão sendo bem aplicados.
5. Custo por categoria
Outra métrica é a de custo por categoria, também essencial à gestão financeira. Ela ajuda a avaliar para onde os recursos financeiros estão indo, subdividindo-os em categorias de fácil compreensão — por exemplo, fornecedores A, B, C ou D. A classificação de custos por categoria (seja em valor bruto ou percentual) é uma métrica poderosa, pois traz uma visão mais sistêmica ao gestor e melhora a tomada de decisão.
6. Fluxo de caixa negativo
Geralmente, as empresas controlam minuciosamente as entradas e saídas de dinheiro de seus negócios, bem como antecipam valores futuros ao realizar a previsão do fluxo de caixa. Entretanto, a empresa pode maximizar o controle de suas finanças com o fluxo de caixa negativo, também chamado de Burn Rate.
Em resumo, o Burn Rate é quanto a empresa gasta mensalmente para manter suas atividades em relação à receita obtida. Caso os valores gastos sejam maiores que os obtidos, há fluxo de caixa negativo.
Normalmente, o Burn Rate é alto para negócios que estão começando, já que eles estão em um processo de amadurecimento e de aquisição de clientes. Caso seu negócio já seja maduro e esteja sofrendo com o fluxo de caixa negativo, isso pode estar ocorrendo por motivos como:
- precificação inadequada de produtos ou serviços;
- inexistência de planejamento financeiro;
- excesso ou crescimento do endividamento;
- falta de um sistema de gestão para controle dos gastos.
7. Controle de despesas
Avaliar o nível do controle de despesas da empresa também é uma métrica que precisa ser seguida pelos gestores do negócio. Esse controle permite que os administradores saibam melhor como está sendo gasto o dinheiro do negócio, podendo identificar e corrigir fraudes, desvios, desperdícios, entre outros problemas que prejudicam suas finanças.
Nesse caso, é fundamental que a empresa conte com um sistema de gestão que se integre com as demais tecnologias da companhia, faça prestação de despesas do cartão corporativo, realize o controle de solicitação e o rateio de despesas por centro de custos, entre outras utilidades disponibilizadas pelas soluções Argo.
8. Custo por cliente
O Custo de Aquisição por Cliente (CAC) se trata de todos os gastos envolvidos no processo de conquista de clientes. Calculá-lo é simples, basta aplicar a seguinte fórmula:
CAC = Soma de todos os investimentos / quantidade de clientes adquiridos
Nos investimentos, devem ser incluídos todos os gastos com publicidade e anúncios, estratégias de marketing, descontos, promoções, comissões de venda, treinamento de colaboradores, viagens corporativas, ligações, salários da equipe e outras medidas usadas para atrair os clientes.
9. Controle de cobranças
Controlar as cobranças feitas pelo negócio é importante para que ele sempre receba os valores de suas vendas. É possível, por exemplo, que seu negócio faça vendas parceladas para um grande número de clientes, mas eles não realizem o pagamento em dia. Isso pode prejudicar bastante o fluxo de caixa e seu controle financeiro.
Por isso, também é relevante que as vendas a prazo sejam controladas por um sistema especializado. Isso diz respeito à gestão de boletos, de cartão de crédito, crediário próprio, entre outras formas de venda a prazo.
10. Receita por colaborador
Também chamado de vendas ou receita líquida por funcionário. Essa métrica consiste em calcular o valor gerado pelos funcionários do negócio, ou seja, é a receita líquida de uma empresa dividida pelo número de colaboradores.
Quanto maior for esse número, mais eficientemente a empresa utiliza seus funcionários. Ela é calculada da seguinte forma:
Receita por colaborador = receita / número de funcionários
Quando esse valor for baixo, é possível que haja um problema geral de produtividade, que pode decorrer da falta de modernização da empresa ou equívoco na contratação ou no treinamento.
11. Crescimento real de receitas
O gestor deve entender como está indo o crescimento real da empresa, incluindo aspectos como expansão da margem de lucro bruto ou líquido, aumento das despesas, carteira de clientes, entre outros pontos relacionados.
A empresa é escalável quando ela consegue expandir suas habilidades sem aumentar os custos na mesma proporção. Por exemplo, ela pode abrir novas unidades, conquistar novos clientes e implementar outras medidas sem elevar os gastos.
12. Months of cash left
Quando há um burn rate na empresa (ou seja, quando ela “queima” o seu capital para conseguir manter seus compromissos em dia), existe um grande risco de ocorrer um esvaziamento do caixa.
Nesses casos, é importante calcular o Months of cash left, que em português significa “meses de dinheiro restantes”. Com base nesses dados, é possível entender a real situação financeira da empresa e traçar estratégias específicas para tentar solucionar o problema.
O cálculo do Months of cash left é bem simples. Você só precisa dividir o valor que sobrou no seu caixa pelo resultado do burn rate.
Já o burn rate é calculado da seguinte forma: você diminui as despesas das receitas
13. Metabolismo
Calma! Não estamos falando do corpo humano e nem da biologia. Existe, sim, uma métrica que chamamos de metabolismo, mas podemos usar o corpo humano como exemplo para falar um pouco dela.
Imagine que a empresa é um organismo. De início, ela age rápido e toma decisões precisas. No entanto, à medida que o tempo passa, ela desacelera.
De acordo com Dustin Dollin, criador da métrica, o que pode prejudicar a retenção de clientes são as decisões de nível mental. Ele quis dizer que, se você se movimenta muito rápido, acaba ficando instável. Agora, movimentar-se devagar, perde espaço no mercado.
Nesse sentido, a melhor forma de medir o metabolismo de uma empresa é documentando todas as ações, a fim de ter uma maior clareza dos resultados obtidos de cada estratégia utilizada e, com isso, identificar possíveis mudanças que ajudarão a otimizar os resultados.
14. Receita Recorrente Mensal
A Receita Recorrente Mensal refere-se aos recebimentos que não levam em consideração os valores extras e taxas adicionais, como urgência, adesão, entre outros.
Suponhamos que a sua empresa tenha 80 clientes que pagam o valor mensal de R$ 200 e 40 que pagam R$ 500, significa que a sua receita mensal recorrente é de R$ 36 mil.
Por meio dessa métrica, é possível fazer uma previsão dos próximos meses, tendo em mãos dados suficientes para ter uma perspectiva mais realista da saúde financeira da empresa.
15. Taxa de inadimplência
Um dos principais fatores que prejudicam o fluxo de caixa de qualquer negócio é a inadimplência. Clientes que não honram os seus compromissos colocam em risco a saúde financeira das empresas, fazendo com que elas tenham que se desdobrar para pagar fornecedores, funcionários etc.
O cálculo da taxa de inadimplência é feito da seguinte forma: some todos os créditos em atraso e divida pelas vendas a prazo. Por fim, multiplique o resultado por 100.
16. Churn
O Churn nada mais é que a taxa de cancelamento. Nesse caso, é preciso dividir o número de clientes que cancelaram um serviço durante um determinado período pela média de clientes desse mesmo período.
Com base nesses dados, é possível identificar a rotatividade de clientes na empresa, avaliando se essa taxa é aceitável ou não. Em caso negativo, identifique os eventuais gargalos que estão impedindo o cliente de permanecer por mais tempo contratando os seus serviços e, então, trace estratégias para driblar essa situação.
Veja, agora você está por dentro do tema e já sabe quais são as 16 principais métricas financeiras e por qual motivo acompanhá-las. A falta de compreensão dessas métricas pode resultar em uma gestão financeira menos precisa, bem como no acúmulo de erros e problemas.
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