A correta gestão financeira pode beneficiar a empresa de múltiplas formas. Por exemplo, melhora sua margem de lucro, reduz custos não estratégicos e ainda maximiza sua capacidade de competir no mercado. Por isso, é crucial investir no assunto.
Nesse contexto, é bem interessante que o gestor conheça quais são as melhores práticas e os erros que devem ser evitados. Com isso, é possível focar seus esforços no que realmente importa e garantir que os problemas sejam progressivamente reduzidos, até um nível mínimo.
Nos próximos tópicos, daremos essas orientações. Portanto, continue atentamente com sua leitura!
Quais são as melhores práticas para gestão financeira?
A gestão financeira depende de um bom trabalho, tanto do lado das receitas quanto das despesas. Se seu empreendimento fatura bastante e gasta mais ainda, terá problemas com liquidez e endividamento. Por outro lado, se a administração é conservadora demais, pode deixar “dinheiro na mesa” e perder rentabilidade. Logo, é preciso adotar boas práticas.
1. Registro das as entradas e saídas de caixa
É muito difícil fazer uma boa administração sem o correto registro das contas, isto é, tudo o que entra e sai do caixa da empresa. Esse registro subsidia cálculos financeiros, bem como orçamentos, projeções, pedidos de crédito e relatórios econômico-financeiros.
Portanto, adote a prática de registrar toda a sua movimentação financeira, não importando o seu tamanho. De preferência, utilize softwares especializados e avalie periodicamente se o registro está condizente com a realidade do seu caixa.
2. Redução sistemática de custos não estratégicos
Existem custos capazes de alavancar os resultados da empresa. Despesas com marketing, viagens de corporativas e vendas são exemplos disso. Entretanto, existem outros custos que não agregam valor à empresa. São os chamados não estratégicos, que devem ser reduzidos.
Custos com tributos (impostos, taxas e contribuições), além de gastos com aluguel, energia elétrica, materiais de limpeza e conta de água, são bons exemplos. Na medida do possível e dentro dos parâmetros legais, o ideal é reduzi-los. Assim, terá um negócio mais “enxuto”.
3. Monitoramento dos indicadores financeiros
Outra prática importante é o acompanhamento dos indicadores financeiros da empresa. Eles são úteis para avaliar a saúde do negócio, assim como identificar “gargalos” que devem ser corrigidos e pontos fortes a serem mantidos. Veja, agora, alguns desses indicadores:
- retorno sobre patrimônio líquido (ROE);
- nível de liquidez (geral, corrente e seca);
- resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo);
- retorno sobre investimento (ROI);
- crescimento ano a ano do faturamento (YoY).
O ideal é estabelecer um conjunto que conte com 6 ou 8 indicadores financeiros. Aqueles que são os mais importantes para a estratégia da sua empresa. Defina, ainda, metas de progresso e alinhe toda a equipe em direção aos resultados desejados. Assim, chegará a ótimos resultados.
4. Adoção de um software que facilite todo o seu processo
Seja para registrar suas contas, seja para reduzir os seus custos ou monitorar seus indicadores, o ideal é contar com boas tecnologias. Softwares de ponta facilitam todo o fluxo de trabalho financeiro, permitindo uma inclusão e extração de dados muito mais facilitadas.
Para selecionar o software ideal, é interessante ter atenção a, pelo menos, três itens: i) sua capacidade de solucionar problemas, como a gestão de despesas; ii) sua relação entre custo e benefício; e iii) a qualidade e disposição do seu fornecedor, se é alta o suficiente.
Quais erros devem ser evitados na administração financeira?
Da mesma forma que existem boas práticas, há erros recorrentes e que devem ser evitados. Misturar gastos pessoais com empresariais, atrasar contas e deixar de analisar a saúde financeira da empresa são exemplos. Esses erros são aparentemente simples, mas podem causar graves problemas e afetar a sobrevivência do negócio. Veja mais, adiante.
1. Cortar custos considerados estratégicos
Do mesmo modo que cortar custos não estratégicos é um acerto, eliminar aqueles que são estratégicos é um erro. Os custos estratégicos geram novos negócios e ampliam a receita da empresa. Logo, é preciso reforçá-los e melhorá-los, não simplesmente cortá-los.
A tecnologia pode ser vista como um custo estratégico. Ela gera economia em escala, também melhora os processos internos e soma agilidade ao negócio. O mesmo ocorre com gastos em marketing e vendas, que tornam o empreendimento mais competitivo e rentável.
2. Deixar de equilibrar o curto-longo prazo
O paradoxo do curto-longo prazo impacta bastante na gestão financeira. Se por um lado é preciso manter a empresa enxuta, no intuito de fazê-la gerar lucro, por outro, é imprescindível fazer novos investimentos, objetivando manter o negócio competitivo no longo prazo.
Se o gestor foca apenas no curto prazo, pode falhar; se foca demais no longo prazo, também. Portanto, é um erro não equilibrar o curto-longo prazo, tendo em vista o modelo de negócio e a estratégia competitiva assumida. É necessário encontrar o ponto de equilíbrio da empresa.
3. Misturar contas pessoais e empresariais
Um erro frequente é misturar contas pessoais e empresariais. Pode parecer algo simples, mas seus efeitos são profundos. Isso prejudica o registro contábil, afeta a previsibilidade das contas e, ainda, passa uma mensagem negativa sobre o empreendimento.
O ideal é que cada proprietário-gerente tenha seu pró-labore, além de participação nos lucros do exercício. As retiradas de caixa devem ser única e exclusivamente para cobrir as despesas do negócio. Somente assim, pode-se cumprir as boas práticas contábeis.
Como garantir a melhoria contínua na gestão financeira?
Por melhor que seja sua gestão financeira, os erros não deixarão de existir. É algo natural nos negócios. O problema é quando os mesmos erros são repetidos ou, pior ainda, agravados com o tempo. Por isso, é importante investir em um fluxo de melhoria contínua.
Esse fluxo deve ser responsável por adotar as melhores práticas gerenciais e eliminar tudo o que afeta as finanças do seu empreendimento. Para tanto, concentre-se em quatro etapas: o planejamento do que deve ser feito, a execução com o time, a checagem dos resultados obtidos e a ação corretiva. Assim, pouco a pouco, sua gestão será melhor e mais consistente.
Veja que agora você está por dentro do tema. Lembre-se de que a gestão financeira pode tornar seu negócio mais saudável, além de rentável e competitivo. Então, invista no registro das contas, na redução de custos, no monitoramento dos indicadores e na adoção de novas tecnologias.
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