Diversidade e inclusão nas empresas é um tema importante, capaz de gerar benefícios ao negócio, à sua força de trabalho, assim como à sociedade. Na prática, a diversidade resulta em criatividade e inovação, além de criar um ambiente mais versátil e bem equilibrado.
Felizmente, existem muitas ações úteis à promoção da diversidade e inclusão nas empresas. O processo de seleção, por exemplo, deve incorporar práticas de combate à discriminação. Também é importante adotar métricas de diversidade, criar comitês de boas práticas e manter o time treinado, de modo que todos, a partir dos líderes, entendam a relevância da diversidade e inclusão nas empresas.
Pensando na importância do assunto, criamos um artigo completo para você. Por meio desta leitura, vai compreender quais são as melhores práticas e como adotá-las no trabalho. Acompanhe!
Invista na reestruturação do recrutamento e seleção
O processo de recrutamento e seleção (R&S) é essencial aos negócios. Isso porque permite a agregação e aplicação de novos talentos ao quadro de trabalho, profissionais que somarão esforços na busca pelos objetivos. Entretanto, o R&S nem sempre abraça a diversidade.
Na prática, um R&S mal-estruturado pode privilegiar um perfil de candidato, disseminar preconceito e excluir profissionais realmente talentosos do processo seletivo. Isso pode ser reflexo de vieses cognitivos inconscientes, mas que estão ali, determinando a contratação.
Há muitas formas de contornar isso – por exemplo, ao abrir vagas afirmativas ou dedicadas à pessoa com deficiência (PcD). Também é útil investir na dinâmica de seleção às cegas, na qual dados pessoais do candidato, como idade e sexo, não são expostos ao selecionador.
Utilize indicadores-chave para seu acompanhamento
Os indicadores-chave de desempenho (em inglês, KPIs) funcionam como uma espécie de termômetro, pois ajudam a avaliar a situação atual e, a partir dos dados obtidos, melhorar a tomada de decisão. Por isso, vale definir e acompanhar um ótimo conjunto de KPIs.
Nesse caso, é preciso que os indicadores reflitam a diversidade e a inclusão, de forma que o RH e a liderança tenham um panorama do que está ocorrendo. Veja alguns exemplos:
- distribuição dos talentos por idade, sexo e/ou identidade de gênero;
- representatividade de determinado grupo minoritário na organização;
- perfil dos profissionais nos cargos de alta direção;
- nível de satisfação dos grupos minoritários com a empresa e seus líderes;
- aplicação de número de minoritários por vaga (no recrutamento);
- percepção sobre diversidade e inclusão no ambiente de trabalho.
Invista na educação dos atuais colaboradores
A promoção da diversidade e inclusão é um trabalho conjunto. Depende do empenho de todos os profissionais. Por isso, é interessante investir em ações educativas, de modo que os atuais colaboradores sejam mais bem orientados.
Para construir o programa de educação, é interessante fazer uma análise do status quo, isto é, de como as coisas estão hoje. Os KPIs podem ajudar, assim como avaliações do time de trabalho e conversas com os atuais colaboradores. A ideia, aqui, é identificar fraquezas que devem ser corrigidas, como a falta de entendimento sobre certos assuntos.
Também é importante decidir os modais de treinamento, definindo como serão acessados pelos colaboradores. Podem ser presenciais, tanto dentro quanto fora da empresa Também podem ser on-line, seja síncrono (ao vivo), seja assíncrono (aulas gravadas).
Estabeleça um comitê de diversidade e inclusão
Os comitês representam um importante elemento da estrutura de governança corporativa. Em resumo, possuem a missão de debater e deliberar sobre assuntos de sua especialidade, de modo que potencializam a direção do empreendimento e as decisões internas.
Na organização, um comitê de diversidade e inclusão deve ser composto por pessoas com notório conhecimento e vivência no assunto, sejam atuais colaboradores ou profissionais de fora, como professores e/ou consultores. Entre três e cinco pessoas é um número ideal.
As principais atribuições do comitê serão: debater sobre as iniciativas em diversidade e inclusão, deliberar sobre novas políticas, analisar casos de preconceito ou racismo, definir punições, orientar o RH e otimizar a tomada de decisão da alta direção da empresa.
Revise o programa de cargos e salários da empresa
Quando o assunto é gestão de pessoas, o programa de cargos e salários tem destaque. Ele basicamente orienta a remuneração e o crescimento dos atuais colaboradores e também diz o que deve ser feito para galgar degraus mais elevados.
Aqui, a missão é revisar seu programa. Garanta que exista paridade salarial para talentos que ocupam posições equivalentes, que os drives (fatores) de crescimento não beneficiem um perfil específico de profissionais e que todos os colaboradores, com tempo e esforço suficientes, possam alcançar melhores cargos. Assim, terá um programa mais justo.
Seja duro com práticas de preconceito e discriminação
Por melhores que sejam suas políticas e iniciativas em diversidade e inclusão, podem surgir problemas de preconceito e discriminação. Nesse caso, é importante atuar de forma rígida, punindo duramente os erros, de modo que não voltem a acontecer no futuro.
Claro, o tipo de punição varia em função do erro cometido. Por exemplo, pode ser uma advertência por escrito ou um desligamento do trabalho, podendo até conter desdobramentos judiciais. Sim, é um assunto sério, que deve ser tratado de forma rígida, precisa e exemplar.
A definição da melhor punição deve ser dada pelo setor de Recursos Humanos e/ou pelo comitê de diversidade e inclusão, caso exista. É necessário trabalhar com transparência, de modo que não haja margem para interpretações equivocadas de outros colaboradores.
Construa uma liderança exemplar
Também precisamos falar em liderança exemplar. Os líderes devem atuar como modelo diário, cascateando informações relevantes e promovendo boas práticas no trabalho. Sem uma liderança comprometida com o tema, o trabalho se torna mais difícil e demorado.
Nesse caso, o mais importante é eliminar o problema do falar-fazer. Se o líder promove diversidade e inclusão, deve atuar diariamente de forma tolerante e respeitosa, liderando seus subordinados de maneira justa. O velho jargão “faça o que eu falo, não o que eu faço” deve ser abolido do local de trabalho.
Veja, agora você já sabe como promover diversidade e inclusão nas empresas. Lembre que existem muitos benefícios ligados ao assunto. Um ambiente diverso e inclusivo gera mais criatividade, inovação e versatilidade, permitindo a construção de uma empresa (e sociedade) mais justa e bem-sucedida. Portanto, trate o tema de forma séria e exemplar.
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